segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O LIVRO

«a prosa para o que ela serve, tomando notas sobre o que queira»
O LIVRO

Ontem nem abri o dia, apenas escrevi no bloco-notas. Acho que foi o primeiro dia que deixei sem história(s). Sendo assim, hoje volto às histórias. Começando pela mais prosaica delas todas, a prosa para o que ela serve, tomando notas sobre o que queira escrever.
Era uma vez um narrador que escrevi que escrevia, que costumava escrever histórias. O que vemos, sendo uma história, diz-nos ser a mais prosaica das histórias «a prosa para o que ela serve, tomando notas sobre o que queira».
Ontem li, hoje quero ver se continuo. Com a persistência necessária, talvez acabe o livro. Ando com vontade de me atirar à “Guerra e Paz”, ando a ler grandes calhamaços, usando as férias para descansar e dedicar-me a este prazer do que sejam as Letras.
“O Livro”, este poder encantatório do objecto onde a leitura surge. Pronto, não tarda… faço ponto… final. Será este o conto, “o livro” que nos fala da escrita como ela fala de quem a faz, deixando-se fazer por quem a procura e esse já serás tu ou você como queiramos… Sendo que espero estar em minoria, basta-me imaginar um leitor, comigo dois e pronto, está feito!

4 comentários:

  1. Estou no ontem do amanhã que é hoje, deixemos um poema do dia, para falar com o conto do dia seguinte:

    SUA VÍTIMA

    não me sei convencer que você me ama
    só porque esse é meu desejo, então
    sem o menor pejo, pego nesses pensamentos
    descubro que podem ter palavras
    destas que queremos ver bailar
    fazendo do seu encanto um canto
    mágico, ou, apenas este algo onde magico
    em como hei-de dizer esse amor
    agora já tão outro, impossível e distante,
    como se tivesse acordado e isso
    fizesse ficar longe do sonho

    vê só como é terrível fugir à insónia
    para acabar por ser sua vítima!

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  2. Acho que o poeta nunca deve se convencer de nada. Precisa ficar entre a paz e a guerra sempre.É a batalha que instiga os melhores escritores, quando levantam a bandeira branca partem logo para novas lutas. E a inquietude de sempre desbravar vai borbulhando a escrita que não deixa-os dormir ou acordar.De sonhos em sonhos os aplausos chegam e o amor despudora nu.
    Beijos no coração!

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  3. Renovando o enorme prazer de ler e comentar teus/seus comentários, como se deles comesse degustando o gosto de os ter. Esta frase saiu tão afectuosamente que vou dedicá-la por igual e por inteiro a quem hoje/ontem me comentou e ainda não agradeci!
    bbrian,
    Oi amiga, vai receber em dose tripla minha frase afectuosa…
    O poeta se deve convencer de tudo para… «ficar entre a paz e a guerra sempre».
    Amiga, você o escreveu no anterior comentário «momentos de pura certezas e entrega»… eles só são possíveis através da fé, do convencimento mis profundo, pleno!
    Agora escreveu «os aplausos chegam», sua presença amiga :)) Bjs

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  4. Juntar outro poema:

    SEREIA SEU CANTO

    sereia seu canto é como ideia
    rimando no interior onde ando
    de jejum da manhã até à ceia
    imagina o prazer meu mando

    feito como o canto mais solto
    onde o ar se mistura num som
    onde indo eu sempre lhe volto
    para te sentir e dar nosso dom

    de recriar a fantasia na poesia
    onde poisa o pássaro do voo
    atravessando no ar a maresia

    a mergulhar procurando peixe
    meu apetite de som onde soo
    até à última palavra que deixa
    22.08.11

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