sexta-feira, 8 de abril de 2011

O CONCEITO

A existência dum destinatário dá bem a noção da importância do destino, aponta para além dele, onde se forma o conceito, a ideia, a veia por onde ela corre e cria o seu leito: o conceito.
Escrever para quem não nos inspira, é esta a tónica do meu texto; era, foi; pode ser, recupera-se ou perde-se.
A indicação dum email no texto anterior, gera a possibilidade de responder ou corresponder, dá um toque pessoal que pode levar o leitor a sentir-se como um estranho ao texto. Criando nele a sensação de se tornar voyeur de algo que não lhe seria destinado; engano, engano mais fácil de ultrapassar em livro? Nessa situação outra, mais manifestamente despersonalizada de pessoalidade na relação com quem nos lê, será verdade?
Complicação atrás de complicação; explorando eu a presença dos comentários fazendo-os, expus-me à possibilidade de não ser comentado. Possibilitando criar a barreira mencionada, com a personalização referencial, apareces-te tu, cara amiga, mostrando que, através do afecto, ninguém fica afectado do afastamento. Este, a existir, deixa de produzir efeito! É ter defesa contra encantamento ou mau-olhado, protecção de amor fraterno.
Voltando ao texto anterior, fazendo-o pertencer à categoria dos textos escatológicos, é criar um texto forte! Este tipo de textos, quando não afugenta o leitor, geralmente torna-o mais forte e cria um tipo de empatia bem simpático. Não é pois óbvio que qualquer leitor, independentemente de conhecer ou não o autor, se sinta refém de qualquer sensação de afastamento.
Estou para aqui a escrever e dou conta de “o conceito” ir valer pelo que já dei a ler, a partir daqui acaba. De repente, fique com a sensação, de haver perdido qualquer fio condutor. Imagine-se a fazer rappel, ficando sem corda…

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