terça-feira, 29 de março de 2011

ENSAIO SOBRE A REALIDADE

Se tivesse de ter uma tese, em tese tem-se sempre uma tese, a tese seria a seguinte: a realidade muda a cada mudança, é uma dança muda, em silêncio dita o que não diz, pensa-nos, deixa pensar, mora na percepção, vive da perspectiva.
Toda a leitura coabita com as leituras, com o que sabemos, não sabemos, imaginamos, criamos, desejamos, trás consigo [leitor(és)] a novidade de "novas" pleonásticas: novas = novidades.
"A" ainda não acabou, vai entrar, encontrar o "ENTRETEXTO": ENTRETEXTO.

A realidade é como a poesia dos poemas, ela fica à guarda, guardada nos poemas. Um verso não tem leitura, se não for visto pela vista e todos os outros sentidos. 
Assim
O leitor, mesmo não sabendo nada de mim, já sabe tudo que necessita para me perceber. Precisa sempre de personagens, estarei crónico na crónica. (...)
O que for escrevendo... aqui continuo.
CRÓNICO

Penso que um livro tem uma função importante, ser para quem o deseja! Tendo em conta a sua importância, nunca me importei muito com os livros, embora me aconteçam com regularidade. É o que estou a procurar fazer, no caso, passar a limpo...
PASSAR A LIMPO 

Não hoje, provavelmente a partir de amanhã, tal_vez... chegue fazendo/tendo um "clique". Provavelmente, poderá ter um clique, hoje mesmo. Basta  clicar em PUBLICIDADE!
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Escrever um livro pode ser tão fácil, mas vejam como pode ser difícil, começa por depender da leitura onde ele perdure. Vou ler e transcrever, mais um poema do primeiro poema, continuando A. A primeira letra do abecedário, onde julguei ver emergir uma ilha... na ilha onde o escrevi.
PERDURAR 

Quando me apercebo, começo a trabalhar as pausas, a descobrir o ritmo, descubro este rito. Um ritual onde me rio comigo mesmo de haver tristeza, mais ainda de conhecer o seu ri(s)o a desaguar sons no silêncio. Vou da nascente à voz onde mudo de mudo ao modo de modelar o casulo do silêncio a criar crisálidas, desvendo-as vendo a transparência tornar-se lúcida da sua opacidade, libertando luz: translúcida.
SONS NO SILÊNCIO

Uma história onde nada sabemos e vamos ficando a saber o que nos é contado, o normal dos contos. A menos que nos remetam logo no inicio para uma história conhecida, permitindo acrescentar algo ao que nos é dito, com o que já sabíamos. Nesta história, fica dito e escrito que só eu sei o final da mesma, tendo esse facto dado incentivo à ideia para poder escrever: Algo Que Só Eu Sei.
ALGO QUE SÓ EU SEI

Cada dia em que vá acrescentando um poema do meu poema ao poema, é um dia do poema. Afinal os livros de Poesia não fariam sentido se não fossem sentidos como poesia. Quanto ao modo, fiquemo-nos pela maneira, procuremos ficar nus. Esta ideia só peca por tardia, quando tarda a despir-nos até nos deixar... nu(s)
PAPOPOÉTICO

A pergunta parece ter caído fora do mundo, gravita, é satélite, vou-lhe chamar: Lua.
LUA

Se tivesse de ter uma tese, em tese tem-se sempre uma tese, a tese seria a seguinte: a realidade muda a cada mudança, é uma dança muda, em silêncio dita o que não diz, pensa-nos, deixa pensar, mora na percepção, vive — da perspectiva.
ENSAIO SOBRE A REALIDADE

5 comentários:

  1. Não comento estes textos filosóficos, por não estar à altura.
    Sublinho «nos sons do silêncio»:
    «Uma história onde nada sabemos e vamos ficando a saber o que nos é contado, o normal dos contos. A menos que nos remetam logo no inicio para uma história conhecida, permitindo acrescentar algo ao que nos é dito, com o que já sabíamos. Nesta história, fica dito e escrito que só eu sei o final da mesma, tendo esse facto dado incentivo à ideia para poder escrever: Algo Que Só Eu Sei.
    ALGO QUE SÓ EU SEI».
    Uma história liga a outra que só tu sabes algo sobre ela.
    Neste » Ensaio Sobre a Realidade», salto fora de todas as perspectivas.:)
    Bjito amigo, querido amigo e grande poeta Fran.

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  2. De A a E.U., há um caminho, com as palavras a darem o melhor de si mesmas e a mudarem de direcção, ao serem desmontadas, num processo criativo que dá ao leitor a possibilidade de testar os seus próprios limites, quando a realidade lhe resiste.:0)
    Se o leitor caminhar pelo fio que une as partes do texto, poderá colher o "novo", nascido de uma poderosa intuição que é capaz de lhe suscitar uma outra parecida ou não. Contudo, de etapa em etapa, é possível que se aprenda o poema, "apreendendo o silêncio/em silêncio".
    Atraído pelo texto, o leitor será, por vezes, "a pergunta" que "parece ter caído fora do mundo" que "gravita, é satélite" de um astro que tem luz própria. Começa aqui a "tarefa" do leitor, o qual, perante o texto que o desafia como ostra que esconde a pérola, terá de interpretar o que a ele lhe cabe, sem abdicar da liberdade de se mover, através do não-dito.
    Um abraço de parabéns, para ti, Francisco.

    Maria João Oliveira

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  3. A leitura destaca, mostra, estabelece as três dimensões em órbita! Uma sorte contar com os vossos comentários, abraços!!

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  4. E que comentários... vou até me calar! Mas sabes da enormidade da minha admiração...

    =D

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  5. "... vou até me calar"?! Kiro, desculpa a intromissão, mas se, eventualmente, te estás a referir também aos meus comentários, vou calar-
    -me. Tu fazes falta aqui!

    Um abraço
    Maria João Oliveira

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